Lugarzim besta, sô
num tem nada prá oiá
uns triêrozim istreito
cercado de mato e pé de pau
cu’as fulozinha incarnada
arrudiada de bejafrô
lugarzim das rua prifumada
das vêis chêra áio queimado
das ôtra café torrado
chêra inté dama da noite
qui o vento metido a açoite
leva consigo pra bêra da istrada
ô cantim parado
onde as moça sai suzinha
no caminho da missa, à noitinha
sem importá cum hômi marvado
arremedo da chama da vida
de muleque e bola na praça
donde a igrejinha tenta inxergá a mina
num tem ferro, num tem vidraça
só moça e véia dibruçada
na janela
oiando a vida passá
vêis em quando inda si iscuita
bem prá acolá
o rangê dum carro de boi
qui insiste num si interrá
a junta incangada puxando
os causo desse lugá
lugarzim besta, sô
das vidinha tudo piquena
qual fulozinha branquinha
miúda e prifumada
qui brota dos laranjá.
Autor-EMERVAL CRESPI-TIO ZÉ
Que lindooo!!!!
ResponderExcluirRetrata com simplicidade algumas formas encantadoras que tem esse lugar chamado "Olhos D'Água"!!