quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FIOFÓ DA ONÇA 7



VOCE ESTÁ CONVIDADO!!!
SÁBADO NA BOQUINHA DA NOITE,UMA FESTA ESPERADA QUE EU ADOROOOOO.COMO DIZ NOSSO CUMPADI EMERVAL-TIOZÉ É UMA FESTA DE INTERIOR MESSSSSS,ASSIM ELE DESCREVE O FIOFÓ:
FIOFÓ E SEU CUMEÇU.....
... O que é o "Fiofó da Onça"?
É uma festa junina/julina/agostina bem de interior, sem muita extravagância, sem muita firula, sem ensaio.
O princípio que a gente segue: "Festa a gente faz junto", de todo mundo para todo mundo, de nós para nós mesmos.
Uma festa sem dono, nem organizador. Cada um que chega contribui com sua parte para a diversão, que é outro princípio básico.
O importante no FIOFÓ é que cada um (à sua maneira) e todo mundo se divirta. Ninguém precisa se vestir assim ou assado, ninguém precisa saber "dançar a quadrilha".

... Desde quando acontece este evento?
- O primeiro FIOFÓ aconteceu no final de julho de 2004 (anexei os cartazes/convites. O primeiro FIOFÓ saiu no tranco...)

... Quem são os idealizadores?
Não há idealizadores a serem nominados. Nasceu da vontade de um grupo (pequeno, no começo) de fazer uma festa junina na rua, da qual as pessoas de Olhos d'Água pudessem participar (efetivamente), uma festa comum cujo objetivo era ter o que comer, o que beber e muito para se divertir, sobretudo pelo prazer de estar junto.
... Quais as principais atrações do evento?
Acho que a principal atração do FIOFÓ é a característica de pracinha de interior, quando todo mundo do lugar já terminou a lida do dia, jogou uma água no corpo e saiu de casa para encontrar os amigos, trocar um dedo de prosa, jogar conversa fora e se divertir. Nesse meio tempo, sempre aparece algum violeiro, algum contador de causo, algum catireiro que, lá pras tantas, depois de canjica e pipoca regadas por uns "golinhos", se juntam e começam a ter vontade de dançar. E começa a "quadria".
... Como o evento interage com a comunidade?
Acredito que pela falta de organização (aparente) - sem a característica de festa organizada/evento, sem "dono" - as pessoas da comunidade se sentem mais à vontade, mais integradas ao que está acontecendo. Parece-me que nós todos nos sentimos, realmente, participantes (não meramente convidados). E todo mundo se diverte (à sua maneira, como já disse).
... Como o evento trabalha o lado Cultural ?
Quando a gente se junta para começar a organizar os trabalhos de montagem da festa (haja trabalho!!), a gente vai conversando e trocando idéias sobre quem (da comunidade de Olhos d'Água) poderia/gostaria/estaria disponível para dar uma palhinha: violeiros, cantadores, contadores de causo e outros que, com seus trabalhos, traduzam esse traço cultural de interior goiano.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poema de nossa Aldeia

Lugarzim besta, sô

num tem nada prá oiá

uns triêrozim istreito

cercado de mato e pé de pau

cu’as fulozinha incarnada

arrudiada de bejafrô



lugarzim das rua prifumada

das vêis chêra áio queimado

das ôtra café torrado

chêra inté dama da noite

qui o vento metido a açoite

leva consigo pra bêra da istrada



ô cantim parado

onde as moça sai suzinha

no caminho da missa, à noitinha

sem importá cum hômi marvado



arremedo da chama da vida

de muleque e bola na praça

donde a igrejinha tenta inxergá a mina

num tem ferro, num tem vidraça

só moça e véia dibruçada

na janela

oiando a vida passá



vêis em quando inda si iscuita

bem prá acolá

o rangê dum carro de boi

qui insiste num si interrá

a junta incangada puxando

os causo desse lugá



lugarzim besta, sô

das vidinha tudo piquena

qual fulozinha branquinha

miúda e prifumada

qui brota dos laranjá.

Autor-EMERVAL CRESPI-TIO ZÉ